A mineradora Vale foi condenada a pagar indenização à mãe de um garoto que morreu afogado em uma barragem no município de Itabira, na Região Central de Minas Gerais. Ele teria ido nadar na barragem, usada para contenção de rejeitos de minério.
Segundo o processo, o jovem de 12 anos saiu para pescar acompanhado de dois amigos quando decidiu ir à barragem nadar sozinho. Antes de voltar para casa, um dos acompanhantes teria tentando convencer o garoto a não ir, alegando que o local era perigoso.
Horas depois, os dois amigos voltaram à barragem para procurar pela vítima, que havia desaparecido. Na margem, encontraram apenas as roupas dele, tênis e a marmita.
O corpo do garoto só foi encontrado três dias depois na barragem, após rastreamento da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Segundo os bombeiros, o mais provável é que a vítima tenha ficado atolada até os joelhos e não tenha conseguido sair da água.
A mãe da criança entrou com pedido de indenização na Justiça, alegando que, na área, não há sinalização alertando para o perigo de afogamento. A empresa defendeu-se, dizendo que havia placas educativas, além de uma cerca de arame farpado, mas que ninguém respeitava.
A Justiça de 1ª Instância deu ganho de causa à mãe do menino, apesar de reconhecer a culpa de ambas as partes, e fixou a indenização em R$ 30 mil. A Vale recorreu, mas o Tribunal de Justiça manteve a sentença e o valor da indenização.