Manifestação em defesa dos direitos trabalhistas deixou bastante conturbado o trânsito em várias ruas de Curitiba na manhã de nesta sexta-feira (14/8). O grupo, estimado pelos organizadores em cerca de mil pessoas, saiu da Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná, no centro da cidade, circulou pelo Bairro Rebouças, para um protesto em frente à administração dos Correios - os funcionários estão discutindo o acordo coletivo -, e retornou ao centro, na Boca Maldita, onde o movimento foi desfeito
[SAIBAMAIS]A maior parte dos manifestantes era integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que estavam desde o início da semana em Curitiba para reuniões com a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Da manifestação, que fazia parte da Jornada Nacional Unificada de Lutas, participaram vários sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), além de entidades estudantis
A principal reivindicação é a redução na jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, mas os discursos também citaram aumento do salário mínimo, preservação dos empregos, reforma agrária e redução da taxa de juros. "É um momento histórico de reação contra a crise financeira, pois a classe trabalhadora não pode pagar pela crise, pela qual não tem qualquer responsabilidade", disse a secretária geral da CUT, Marisa Stédile. Palavras de ordem foram pichadas no prédio dos Correios no centro da cidade, inclusive pedindo a saída de José Sarney da presidência do Senado
Os líderes da Força Sindical no Paraná preferiram lutar pela redução da jornada de trabalho em Brasília. Eles estão desde quarta-feira percorrendo os gabinetes de deputados pedindo a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95. Segundo a entidade, dos 244 deputados visitados, 206 mostraram-se favoráveis, outros 22 estão indecisos e 16 posicionaram-se contrários