Mesmo com a epidemia de influenza A (H1N1), o número de internações por doenças respiratórias neste inverno tem sido semelhante ao dos anos anteriores. A informação é do secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame. ;Não há uma diferença significativa entre a demanda de leitos de UTI [unidade de tratamento intensivo] e de internação hospitalar em relação aos invernos passados;, afirmou em entrevista à Agência Brasil.
O secretário garantiu que a rede de saúde pública tem capacidade de ;absorver; a demanda por leitos nos hospitais por causa da nova gripe. Segundo ele, estão disponíveis 31 mil leitos de UTI no país, 10 mil somente no estado de São Paulo, que estariam aptos a receber os pacientes em estado grave. ;As redes assistenciais dos estados estão preparadas para fazer esse enfrentamento, acolher esses pacientes e atendê-los adequadamente;, ressaltou.
[SAIBAMAIS] Ele admitiu a possibilidade de que cirurgias eletivas sejam adiadas para que as unidades de saúde tenham vagas disponíveis para pacientes graves da doença. ;Depende da decisão de cada gestor, de cada hospital [o adiamento];. Outra possibilidade, de acordo com Beltrame, é deslocar pacientes de unidades congestionadas para locais onde ainda existam vagas para tratamento.
Beltrame disse ainda que o ministério está disponibilizando recursos adicionais para que os estados possam se aparelhar para o enfrentamento da epidemia.
O presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Jorge Curi, afirmou anteriormente à Agência Brasil que não existem leitos de UTI suficientes para atender a demanda gerada pelos pacientes com a nova gripe e que por isso hospitais públicos estavam adiando cirurgias de menor importância para disponibilizar vagas para os casos graves da doença.