O Comitê de Enfrentamento à Influenza A em Rondônia confirmou nesta quinta-feira (13/8) a primeira morte pela nova gripe no estado. A vítima foi um jovem de 23 anos, que morava em Cacoal e chegou à capital, Porto Velho, com os primeiros sintomas da doença no dia 22 de julho. Depois da internação, o quadro se agravou e o diagnóstico foi de síndrome respiratória aguda grave. A morte do rapaz, ocorrida segunda-feira (10), foi a primeira na Região Norte por gripe suína. O Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, confirmou o caso como sendo de gripe suína.
No Centro de Medicina Tropical de Rondônia, 25 pessoas já foram atendidas com suspeita da gripe %u2013 quatro casos foram descartados, um confirmado e 20 aguardam o resultado dos exames. Oito pessoas permanecem internados, entre elas três mulheres grávidas.
O aumento do número de casos de influenza A (H1N1) %u2013 gripe suína %u2013 nos estados da Amazônia começa a preocupar a população. Até a semana passada, apenas o Pará tinha um número mais elevado de ocorrências (50). Hoje, segundo a Secretaria de Saúde Pública do Estado, o número de casos confirmados chega a 61.
O Amazonas, que na semana passada, tinha seis casos confirmados, agora registra 23. O Acre tem quatro casos confirmados e Roraima, seis confirmados e 26 notificados. No Amapá, de acordo com a Secretaria de Saúde estadual, ainda não há nenhum registro da doença. Nenhum desses estados confirmou a transmissão sustentável, ou seja, dentro de seu próprio território.
Em Manaus, por causa da rápida elevação do número de ocorrências, em algumas áreas públicas da cidade, como portos, shopping centers e postos de gasolina, o uso de máscaras começa a se tornar mais comum. Em uma escola particular da capital, as aulas foram suspensas depois que uma aluna chegou ao local de máscara. Por suspeitar que se tratava da nova gripe suína, pais de alunos pediram à escola que interrompesse as atividades.
No Pará, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) começará a distribuir nos próximos dias máscaras e álcool em gel entre os índios do estado. Com a ação, a instituição pretende evitar a propagação da doença nas aldeias indígenas. Recentemente, uma portaria do Ministério da Saúde incluiu as populações indígenas brasileiras no grupo de risco.
Em Roraima, a Secretaria de Saúde informou nesta semana que a prioridade de exames de confirmação da nova gripe é somente para pacientes graves, com insuficiência respiratória. Em caso de sintomas leves, parecidos com os da gripe comum, a população deve procurar as unidades básicas de saúde. Na última semana, Roraima recebeu 500 kits do medicamento Tamiflu.
O cálculo do Ministério da Saúde para distribuição dos remédios leva em conta o número de habitantes e de casos e estabelecendo a média necessária à população. Em caso de falta, o governo federal garante a entrega do medicamento no prazo de 12 horas, para qualquer lugar do Brasil.