A nova política para tratamento de pacientes de gripe suína, que flexibiliza a indicação do antiviral oseltamivir (genérico do Tamiflu), foi apresentada na quarta-feira (5/8) pelo Ministério da Saúde com a divulgação de um novo manual sobre a doença.
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Nesta versão, foram mantidas diretrizes para o uso do remédio, mas exceções são previstas: "Prescrição e dispensação não previstas neste protocolo ficam sob responsabilidade conjunta do médico responsável e da autoridade de saúde local". Com isso, fica permitido a médicos, em casos específicos, iniciar o tratamento quando achar melhor, com a dose que achar necessário e pelo tempo que julgar mais adequado.
Os detalhes do novo documento foram acertados na segunda-feira (3/8), durante reunião com especialistas. Mas a inclusão da frase causou polêmica no grupo. Um setor, liderado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), defendia mais liberdade para médicos. Outro temia que a mudança levasse parte dos profissionais a prescrever o remédio exageradamente.
Ontem, em novo balanço, o Ministério da Saúde anunciou o registro de 96 mortes por Influenza A (H1N1) no País. Pela contagem das secretarias estaduais e municipais, o número até ontem chegava a 133, sendo São Paulo o estado com o maior número de óbitos: 53.
O porcentual de casos graves dobrou em duas semanas. De acordo com o boletim, 28,5% das infecções provocadas pelo vírus A (H1N1) receberam essa classificação. Em 23 de julho quando o primeiro boletim com a nova metodologia foi anunciado, 14,2% dos pacientes haviam apresentado a forma grave da doença.