A letalidade entre as pessoas com quadro grave de gripe suína caiu de 12,8% para 10,3% na última semana, segundo boletim epidemiológico divulgado hoje (31) pelo Ministério da Saúde.
A taxa de mortalidade é de 0,029 por 100 mil habitantes. Até as 8h da última quarta-feira (29), foram registradas 56 mortes pela nova gripe. O maior número de mortes foi notificado pelo estado de São Paulo, com 27 casos. No Rio Grande do Sul foram notificadas 19 mortes, no Rio de Janeiro cinco, no Paraná quatro e na Paraíba, uma morte. Os números vem sendo atualizados pelas secretarias estaduais e municipais de saúde diariamente.
Hoje (31), o Rio de Janeiro confirmou que o número de mortes no estado já chega a nove. Em São Paulo foram confirmadas mais três mortes nos últimos dias.
O boletim informa, ainda, que o nível de gravidade dos casos de influenza A (H1N1) - gripe suína - e de gripe comum continua bastante semelhante: 19% para a nova gripe e 18,5% para a gripe sazonal. Os sintomas e a abordagem clínica também são os mesmos.
Dos 10.623 casos suspeitos de algum tipo de gripe informados pelas secretarias estaduais e municipais de saúde entre os dias entre os dias 25 de abril e 25 de julho, 1.958 foram confirmados como influenza A (H1N1) - gripe suína. Segundo o boletim anterior, de 24 de julho, o Brasil tinha 1.566 casos confirmados da nova gripe e 34 mortes.
São Paulo continua com o maior número de casos confirmados - 894 entre 2.078 suspeitos. O Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com 292 casos confirmados entre 818 suspeitos. Também foram confirmadas 193 contaminações no Rio Grande do Sul, 140 em Minas Gerais, 79 no Paraná, 65 em Santa Catarina, 48 na Bahia, 41 no Distrito Federal, 35 no Pará, 27 em Pernambuco, 22 em Goiás, 21 no Ceará e no Rio Grande do Norte, 11 no Tocantins, nove em Sergipe, oito em Alagoas, sete no Piauí, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, cinco no Maranhão e na Paraíba, três no Amapá, dois em Roraima e no Amazonas e um no Acre. De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de morte é 3,46% maior entre pessoas que, além de ter doença grave causada pelo novo vírus, apresentem pelo menos um fator considerado de risco, como gravidez, diabetes e hipertensão, obesidade mórbida, deficiência imunológica (em casos de pacientes com câncer ou em tratamento para aids) e doenças cardiovasculares e respiratórias.
A taxa de letalidade é de 15,09% entre pessoas com algum fator de risco, contra 4,36% entre aquelas sem fator de risco. Por essa razão, a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é no sentido de que que os grupos de risco recebam o tratamento até 48 horas após o início dos sintomas.