O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Luiz Barradas Barata, justificou hoje a recomendação às escolas paulistas para que adiem a volta às aulas após as férias de inverno para combater a proliferação da gripe suína. "Estão aumentando os casos de gripe. O inverno está forte e chuvoso em São Paulo, o que aumenta a concentração de pessoas em ambientes fechados e auxilia a propagação da doença", disse Barata. "Demos duas semanas para que o calor volte a São Paulo e reduza o número de casos, com isso a gente diminui o risco de nossas crianças pegarem gripe." O secretário disse esperar uma diminuição no número de casos por volta de 15 de agosto, quando o clima ficará mais quente no Estado.
O adiamento das aulas evita também que as crianças levem o vírus para casa e contagiem parentes, informou o secretário. A retomada do ano letivo na rede pública e na maioria das escolas particulares aconteceria em 3 de agosto. A secretaria de Saúde recomendou hoje à tarde que as férias sejam estendidas até 17 de agosto.
Barradas disse que conversou com o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, e que ele concordou em adiar o início das aulas na rede municipal. Ontem, Kassab disse que respeitaria qualquer determinação da Saúde estadual. A Secretaria de Desenvolvimento paulista, comandada por Geraldo Alckmin, também informou hoje que vai ampliar até 17 de agosto as férias nas escolas técnicas e faculdades de tecnologia do Estado.
Apesar da recomendação, o secretário negou que a epidemia esteja fora de controle em São Paulo. "A situação é a mesma de antes. O número de casos aumentou por causa do inverno", disse o secretário. Hoje foram confirmadas sete mortes pela gripe A (H1N1) em São Paulo. No total, já são 27 óbitos no Estado.