Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ministério afirma que SUS está preparado para enfrentar pandemia

O Brasil tem medicamento suficiente para enfrentar a pandemia de influenza A (H1N1), segundo o Ministério da Saúde. Há matéria-prima para a produção de 9 milhões de tratamentos de fosfato de oseltamivir (cada um com 10 cápsulas), conhecido como Tamiflu e, nos próximos dois meses, o governo federal terá mais um milhão de medicamentos disponíveis.

[SAIBAMAIS]Em nota, o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, afirma que o ministério está seguro de que a rede disponível tem capacidade para atender a população. Segundo ele, a primeira fase da gripe suína no Brasil foi a de contenção, e, agora, com a transmissão sustentada, o país passa a contar com toda a atenção básica e todos os hospitais do país.

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem 68 unidades de referência preparadas para dar assistência a pacientes graves e com fatores de risco, 368 mil leitos de internação nos 5,9 mil hospitais credenciados e 42.412 estabelecimentos de atenção básica. Entre as unidades de atenção básica destacam-se os postos de saúde, os centros de saúde, as unidades mistas e as unidades móveis fluviais. Nos hospitais de referência, há 1.978 leitos de UTI para prestar assistência aos pacientes.

O ministério reitera a importância de a população não se automedicar e alerta que o uso indiscriminado do antiviral para todos os casos de gripe pode tornar o novo vírus A (H1N1) resistente ao medicamento. De acordo com o protocolo de manejo clínico e vigilância epidemiológica da influenza do Ministério da Saúde, apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o fosfato de oseltamivir.

O grupo de risco é composto por idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento para aids), pessoas com obesidade mórbida e também com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.