Até o dia 15 de agosto, o governo espera ter concluído a elaboração das condições contratuais e do edital para a construção do trem da alta velocidade (TAV), que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo e a Campinas (SP). No processo, serão observados a melhor técnica e o melhor preço. O Tribunal de Contas da União (TCU) receberá os estudos para análise no mesmo período.
A publicação do edital de licitação está prevista para meados de setembro deste ano e, em dezembro, os licitantes deverão fazer as propostas. Um estudo sobre o projeto do chamado trem-bala, que deverá ficar pronto para a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, está disponível no site TAV Brasil.
A expectativa do governo é que a concessão seja contratada até meados do ano que vem e que a construção tenha início logo em seguida, permitindo a participação de empresas nacionais e internacionais na obra.
O tempo máximo previsto da viagem entre o Rio e São Paulo que terá que ser oferecido pelo consórcio vencedor será de 1h42 em trem de alta tecnologia, com segurança e eficiência. O consórcio que vencer a concorrência terá que fazer transferência de tecnologia para o governo brasileiro.
O custo estimado da obra é R$ 34,62 bilhões ; cerca de 70% deverão ser gastos com as obras civis. As desapropriações serão conduzidas pelo governo federal, e não pelo consórcio vencedor. Nesse caso, o custo previsto é de R$ 3,9 bilhões, pois nas áreas mais densamente povoadas serão construídos túneis para a passagem do trem. A aquisição dos sistemas e equipamentos representará R$ 3,409 bilhões e os trens, R$ 2,739 bilhões.
Segundo o secretário executivo do Ministério dos Transportes, Sérgio Sérgio Oliveira Passos, desde o início, ficou claro que o processo de desapropriação teria de ser conduzido pelo governo. "O governo vai editar os decretos e tem capacidade de articulação para implementação das medidas;, afirmou Passos.