Jornal Correio Braziliense

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Anvisa investiga estado de saúde de tripulantes de navio atracado no Porto do Rio

Os exames de sangue dos tripulantes do navio Kintfi, que atracou no Porto do Rio de Janeiro com uma pessoa infectada por malária devem ficar prontos até segunda-feira (6/7), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo o órgão, o navio, que veio da Nigéria, foi dedetizado para evitar a proliferação da doença ; transmitida por um mosquito. Mesmo assim, os 16 tripulantes foram recomendados a não deixar a embarcação até o resultado final dos exames. O tripulante doente está em tratamento em uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz.

A Anvisa explicou que o comandante do Kintfi omitiu dos técnicos da vigilância a presença de um tripulante com malária, ao atracar, na última quarta-feira (1;/7), no Porto do Rio. Caso a informação tivesse sido prestada, o navio deveria ter ficado em quarentena, em alto-mar, ou em lugar determinado pela Anvisa.

O órgão de vigilância também informou que as operações deveriam ficar suspensas na embarcação. No entanto, muitos estivadores estão trabalhando no navio, auxiliando no embarque de arame e vergalhão, de acordo com o sindicato dos estivadores.

O vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes dos Trabalhadores Portuários (CPATP), Eduardo Souza, disse que a guarda portuária tem atuado para impedir a operação do navio, mas que muitos trabalhadores preferem se arriscar.

;Tem gente que está trabalhando, correndo risco. Eles dizem que o navio está liberado, mas tem trabalhadores que não estão se entregando [respeitando a determinação], por medo;, afirmou.

Apesar de recomendar a suspensão das atividades, a Anvisa reforçou que após a dedetização, o navio não oferece mais risco. De acordo com a agência, caso a malária seja detectada em outros tripulantes, eles também devem ser tratados no Brasil.