O empresário Oscar Maroni foi preso na terça-feira (30/6) na 5ª Vara Criminal de São Paulo, durante audiência do processo em que ele é réu sob as acusações de formação de quadrilha, exploração da prostituição, manutenção de prostíbulo e tráfico interno de seres humanos.
Maroni, conhecido por ser proprietário da boate Bahamas, no Campo Belo, na zona sul de São Paulo, teria voltado a agenciar mulheres para programas. Ele já havia tido a prisão a decretada no mesmo processo em 2007, mas havia recebido o direito de responder às acusações em liberdade.
"Ele (Maroni) sempre cria novidades no caso", afirmou o promotor José Carlos Blat. Ele pediu que a nova prisão do empresário fosse decretada para a garantia da ordem pública e garantia da aplicação da lei penal.
As provas de que Maroni teria voltado a trabalhar com prostituição foram obtidas durante três meses de investigações, depois que uma testemunha procurou o Jornal da Band. Ela seria uma mulher que resolveu denunciar o empresário.
A audiência de ontem no processo durou cerca de cinco horas. Maroni nega as acusações e se diz inocente. "O juiz pôde analisar as gravações feitas pela testemunha e todos os demais fatos novos trazidos ao processo", afirmou Blat. De acordo com o promotor, "as provas eram irrefutáveis". "Mesmo com o Bahamas fechado, ele continuava agenciando mulheres", disse Blat.
Hoje, o empresário deve seguir para o 40º Distrito Policial, na zona norte de São Paulo. Trata-se de uma cadeia reservada para presos que têm diploma de curso universitário. Da primeira vez em que esteve preso, Maroni provou que era formado em Psicologia pelo Instituto Unificado Paulista em 1978.