O Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) apura o furto de 25 quadros do artista ítalo-brasileiro Alfredo Volpi (1896-1988), avaliados em R$ 10 milhões. As obras sumiram da casa dos sogros da neta do pintor, em Cidade Ademar, zona sul de São Paulo. A família só percebeu o desaparecimento em maio de 2007, quando organizava uma exposição. As telas estavam protegidas e embaladas num quarto. A Polícia Civil conseguiu manter o furto sob sigilo durante dois anos.
O caso veio a público e foi divulgado ontem com exclusividade no "Jornal da Band", da TV Bandeirantes. A 4ª Delegacia de Crimes contra o Patrimônio do Deic ouviu, na semana passada, a economista Patrícia Volpi, de 35 anos, neta do pintor ítalo-brasileiro, morto em 1988, aos 92 anos. Patrícia confirmou ter deixado os quadros cuidadosamente protegidos e embalados com sacos plásticos num dos quartos da casa dos sogros.
Outros seis funcionários da casa, inicialmente considerados suspeitos, também foram ouvidos. Durante os dois últimos anos, todos eles foram monitorados pela Polícia Civil. No entanto, nada foi provado contra eles. Até agora, não há pistas sobre o furto. Também não havia sinais de arrombamento na residência. O Deic só assumiu as investigações recentemente. Policiais do Deic apuraram que os ladrões não furtaram uma das telas mais importantes de Alfredo Volpi. Trata-se do retrato da mulher dele Judith Volpi, nua. A obra é uma das mais caras da coleção e está avaliada em R$ 2 milhões. Os assaltantes não teriam levado a tela porque ela é grande e difícil de carregar.