Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ministério da Saúde anuncia medidas para controle da gripe suína

O ministro da saúde José Gomes Temporão anunciou nesta sexta-feira (26/6) três medidas que serão tomadas pelo governo para maior controle da influenza A(H1N1), a gripe suína, no Brasil. A primeira delas é que o medicamento de combate à doença só será utilizado em pacientes que apresentem agravamento da saúde nas primeiras 48h, desde a apresentação dos sintomas iniciais, e nas pessoas com risco de apresentarem um quadro clínico grave -- como crianças de até dois anos, pessoas acima de 60 anos, gestantes, e aqueles que sofrem de imunodepressão. O objetivo da iniciativa é evitar o uso indevido do medicamento, bem como impedir que o vírus crie resistência à medicação, que hoje é considerada eficaz. [SAIBAMAIS]A segunda medida anunciada prevê que em locais em que existam casos com vínculo epidemiológico -- como escolas e empresas -- seja suficiente a confirmação por laboratório de um ou alguns casos. Outras pessoas que apresentem os sintomas e tenham vínculo com os pacientes já confirmados serão dados como infectados sem precisar da análise laboratorial. Com isso, o ministério pretende conseguir uma ação mais rápida contra a doença bem como economizar com os kits usados para detectar o vírus. O ministério vai, ainda, orientar estados e municípios com parâmetros básicos sobre a suspensão ou não de atividades em locais públicos ou coletivos. Na avaliação no ministério, por falta de parâmetros, existiram indecisões que poderiam ter sido evitadas e que, na avaliação de Mantega, teriam causado um pânico desnecessário. O ministro disse, ainda, que o governo já esperava o aumento do número de casos com a chegada do período de férias, do inverno e com o aumento dos casos no mundo. Mantega destacou, também, que a situação está sobre controle e que o vírus apresenta sinais de que é tão grave como o causador de uma gripe comum. "É uma doença como a mesma gripe que temos no Brasil, nem pior nem melhor", disse Temporão. Até agora, 65% dos casos registrados de influenza A(H1N1) no Brasil foram contraídos por pessoas que viajaram para o exterior. Apenas 26% dos infectados pegaram o vírus aqui no Brasil. O local de contágio do restante dos casos permanece em investigação. Mantega reafirmou, que apesar dos registros de transmissão em território nacional, o vírus não está em circulação no país, já que esses casos foram registrados entre pessoas que apresentaram vínculos muito próximos com outros pacientes infectados no exterior.