A reconstituição do acidente provocado pelo ex-deputado estadual do Paraná Fernando Ribas Carli Filho no dia 7 de maio, que resultou na morte de duas pessoas, deu mais convicções à polícia de que ele assumiu o risco ao beber em demasia e dirigir seu carro em alta velocidade.
[SAIBAMAIS]
"Ao que tudo indica houve dolo eventual", disse o delegado de Delitos de Trânsito de Curitiba, Armando Braga. "Excesso de velocidade e embriaguez são componentes de um coquetel mortal que foi o que ocorreu".
Na reconstituição, realizada na segunda-feira (22/6), no mesmo local onde aconteceu o acidente, eles chegaram à conclusão preliminar de que o veículo decolou cerca de 10 metros antes de atingir o Honda Fit, onde estavam Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida.
Para isso, o Passat de Carli devia estar a pelo menos 120 km/h. Os dois ocupantes do Fit morreram na hora, enquanto o então deputado foi internado em hospitais de Curitiba e São Paulo e se recupera em local sigiloso.
O laudo conclusivo da perícia deve ser entregue em até 30 dias. Caso o entendimento do Ministério Público e da Justiça também seja o de que houve dolo eventual, o ex-deputado pode ser submetido a júri popular. Carli renunciou ao mandato e evitou possível cassação, mas perdeu o foro privilegiado.