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Sindicato e governo divergem sobre adesão à greve de servidores

A greve no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) paralisou totalmente as atividades de uma de suas agências nesta segunda-feira (22/6), de acordo com o boletim do Ministério da Previdência divulgado no final da manhã.

[SAIBAMAIS]Das 1.110 agências da Previdência, 1.044 abriram (94,05%), em 893 unidades o atendimento foi normal, em 151, parcial (pelo menos um servidor parado) e 65 unidades não enviaram informações.

De acordo com o último boletim da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), divulgado na última sexta-feira (20/6), o percentual de agências que aderiram à greve variava entre 55%, no Espírito Santo, e 80%, no Mato Grosso do Sul. Em Salvador e em Mossoró (RN), a adesão era de 90%.

Segundo Gláucia Brito, do Comando Nacional de Greve, o comando entrou com recurso, no último dia 18, contra a liminar do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, que considerou ilegal e abusiva a paralisação dos servidores do INSS e determinou a suspensão do movimento.

Os segurados que não forem atendidos por causa da paralisação devem marcar novo atendimento na própria agência. Se remarcarem pela central de atendimento 135, terão o início do benefício computado a partir do novo agendamento, de acordo com o ministério.

A paralisação dos servidores do INSS começou no último dia 16. Entre as reivindicações, estão a manutenção da jornada de 30 horas semanais de trabalho sem a redução de salário, a contratação de novos servidores e a incorporação da gratificação de desempenho de atividade da seguridade social ao salário.