Recife - A liberação dos 49 corpos de vítimas do acidente com o voo AF-447 da Air France deve iniciar na terça-feira. Neste dia, está previsto o começo do embalsamamento (técnica de preservação dos cadáveres). Funcionários de uma empresa de São Paulo, contratada pela companhia aérea para realizar o serviço, já estão em Recife e combinaram as ações com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Polícia Federal. As duas entidades têm, entre outras responsabilidades nesse caso, a tarefa de viabilizar o transporte nacional e internacional do corpos aos locais solicitados pelos familiares. Dentro dos próximos três dias, segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, os parentes receberão informações sobre a liberação. A Polícia Federal destacará agentes para fazer os avisos pessoalmente.
'Estamos supervisionando o embalsamamento. A empresa funerária de São Paulo contratada pela Air France já recebeu a orientação de uma médica legista e é possível que a liberação dos corpos comece na próxima terça-feira. Vai depender da condição e do tempo determinado para isso. Ainda não está definido o lugar para realizar o procedimento. No IML não será, porque atrapalharia o trabalho de reconhecimento. Mas, quem decide isso é a Polícia Federal', afirmou a coordenadora da Anvisa em Pernambuco, Milka Adegas.
Dos 50 corpos encontrados pela força-tarefa da Marinha e da Aeronáutica, 49 estão no IML de Pernambuco e um, a bordo do navio-tanque Gastão Motta.
O embarque e desembarque das urnas funerárias são autorizados pelos dois órgãos, Vigilância Sanitária e PF. A Air France definirá por qual companhia aérea fará o transporte. ;Nós checamos o embalsamamento, a urna, que deve ser soldada com zinco para que não haja vazamento, e o caixão. Se o translado for internacional, faz-se outro lacre, com caixote em madeira.' Milka destacou que também é de responsabilidade da Anvisa e da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) a descontaminação, desinfecção e limpeza dos contêineres que transportaram os corpos. 'Esse módulos estão sob custódia da PF até que tudo isso seja feito', explicou a coordenadora.