O atendimento foi normal em 95,95% das 1.110 agências da previdência social (APS), na manhã desta quarta-feira (17/6), de acordo com o Ministério da Previdência Social. Segundo a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a porcentagem de agência paralisadas varia entre 40% do total (no Espírito Santo) e 80% (em Mato Grosso do Sul).
De acordo com o ministério, em 944 agências (85,05%) o atendimento foi normal, em 121 (10,90%) parcial (pelo menos um servidor parado), 22 (1,98%) não abriram e 23 (2,07%) ainda não enviaram informações.
Segundo Edna Theodoro, da direção da Fenasps, Maranhão, Sergipe, Pernambuco e Goiás não aderiram à greve e Rondônia, Amapá e Mato Grosso ainda estão em fase de discussão. Os outros estados têm mais de 40% de suas agências paralisadas, de acordo com Edna. No Distrito Federal, a paralisação atinge 65% das agências, em São Paulo, 60%, e no Rio de Janeiro, 70%.
A paralisação dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou ontem e não há previsão para o fim da greve. Entre as reivindicações estão a manutenção da jornada de 30 horas semanais de trabalho, sem a redução de salário, e a incorporação da gratificação de função aos vencimentos.
Na última sexta-feira (12/6), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, considerou ilegal e abusiva a paralisação dos servidores do INSS, de acordo com o ministério. Em decisão liminar, o ministro determinou a suspensão do movimento para evitar prejuízos à população e estabeleceu multa diária de R$ 100 mil reais em caso de descumprimento da decisão.
O segurado que não conseguiu ser atendido por causa da paralisação deve remarcar o atendimento na própria agência. A gerência regional do INSS informou que, no Distrito Federal, o serviço de perícia médica funcionou normalmente em todas as APS.