A Polícia Civil iniciou hoje um "choque de fiscalização" contra as milícias que atuam em Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro. A operação, batizada de "Têmis 2", em referência à Operação Têmis que prendeu 45 milicianos na semana passada, se estenderá por pelo menos 30 dias e não tem prazo para terminar. Hoje, as ações se concentraram no bairro Campo Grande, onde foram estourados um paiol de armas, dois depósitos clandestinos de botijão de gás e três centrais de distribuição de sinal pirata de TV a cabo. Não houve troca de tiros e ninguém foi preso.
"São dois objetivos fundamentais. O primeiro é o braço financeiro da milícia, que é esta série de atividades irregulares para auferir dinheiro. O segundo é fazer com que órgãos e instituições fiscalizadoras ocupem novamente as suas posições nesta área, como o Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Rio), para não deixar espaços para as milícias", disse o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Cerca de 200 policiais civis participaram da ação.
Na Favela do Pedregulho, em um local disfarçado de ferro velho, os agentes encontraram um paiol de armas e granadas. No local, havia um adesivo com símbolo do "Batman", apelido Ricardo Teixeira da Cruz, miliciano que fugiu do presídio Bangu 8 em outubro de 2008 passado e que foi preso no mês passado.