Jornal Correio Braziliense

Brasil

Já está em Recife maior peça do Airbus resgatada no mar

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A fragata Constituição, da Marinha brasileira, atracou na manhã deste domingo (14/6) no Porto do Recife, trazendo a bordo dezenas de destroços, bagagens e a maior peça do Airbus da A330, da Air France, resgatada até agora. A operação para retirar da fragata a peça de 14 metros de altura e 4,5 metros de largura levou cerca de uma hora. A Aeronáutica não informa oficialmente de qual parte da aeronave é o pedaço encontrado. No entanto, extraoficialmente, oficiais da Aeronáutica admitem que trata-se da cauda do avião. De acordo com o comandante da fragata Constituição, capitão Marcos Sertã, a operação para recolher o destroço em alto mar durou cerca de seis horas e mobilizou 70 militares. De acordo com Sertã, apesar da complexidade da busca, os momentos mais difíceis foram os dois primeiros dos 13 dias de missão. A angústia era muito grande, já que não encontrávamos nada, lembrou. A fragata, a primeira a resgatar corpos de vítimas do vôo 447 da Air France, passou antes por Fernando de Noronha, onde deixou mais três vítimas, que serão pré-identificadas pela Polícia Federal e por peritos do Instituto Médico Legal (IML) do Recife. Em Recife, também desembarcaram outras 11 peças do avião e nove sacos com objetos pessoais dos 228 passageiros e tripulantes. Investigadores franceses, acompanhados por peritos da Aeronáutica, já estão em Recife para o início do processo de análise dos destroços. O pedaço da cauda ficará guardado no Porto do Recife. Ainda não há data para ser transportado França onde as investigações estão concentradas. Por enquanto, nenhum dos corpos encontrados foi identificado. O embaixador francês Pierre-Jean Vandoorne, que acompanha o trabalho dos peritos do IML e da Polícia Federal, espera que a identificação das vítimas dure bem menos que dois meses.