Parentes das vítimas do voo AF-447 voltaram frustradas da viagem que fizeram ao Recife para ter acesso aos corpos que já se encontram no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Oito famílias embarcaram para a capital pernambucana na quinta-feira e boa parte já estava de volta ao Rio na manhã de hoje
"Foi frustrante. Tínhamos a expectativa de ter acesso aos corpos mas não pudemos vê-los. Também queríamos a liberação imediata daqueles que já fossem identificados. Mas nada disso ocorreu. E o pior: não há prazo para que isto ocorra", conta Nelson Marinho cujo filho, o engenheiro mecânico Nelson, estava na aeronave.
Ele acrescenta que, para muitas famílias, o reconhecimento dos corpos é uma questão importante. "Foi muito difícil embarcar para o Recife. Existe uma grande festa na cidade e não havia voos e hotéis disponíveis. Mesmo assim, as famílias fizeram um grande esforço para ir até lá. Todos tinham a esperança de voltar com o corpo de seu parente", conta ele
Nelson criticou a intenção do comando da Aeronáutica de encerrar na próxima sexta-feira, dia 19, as buscas por mais corpos e destroços. "Se existe um submarino nuclear buscando a caixa-preta, por que não continuar buscando corpos e destroços? Certamente este submarino vai ver pedaços da aeronave e corpos. Isto deveria ser comunicado às equipes para que fossem resgatados", defende ele