Os primeiros corpos de vítimas do acidente do voo 447 com um Airbus da Air France começarão a ser identificados tão logo cheguem a Fernando de Noronha, o que está previsto para ocorrer amanhã. "Esse trabalho começa agora e não tem fim, até que o último corpo recolhido seja identificado", afirmou hoje, em entrevista coletiva, o coordenador da equipe de peritos no arquipélago, o perito criminal de Medicina da Polícia Federal Jeferson Evangelista Correia, que destacou a importância dos familiares no processo de identificação.
"No nível de identificação visual, os familiares não podem ajudar", observou. A ajuda será no fornecimento de material genético, informações detalhadas das vítimas - cicatrizes, procedimentos cirúrgicos - e reconhecimento de pertences e vestes. Os objetos, que serão fotografados, poderão passar por um reconhecimento preliminar, em qualquer parte do Brasil, através das regionais da Policia Federal. A PF já acionou a Interpol, segundo ele, para que o mesmo possa ocorrer com as famílias das vítimas de 32 nações atingidas pelo acidente.
A equipe baseada em Noronha - um total de oito peritos, cinco deles da Polícia Federal e três da polícia civil pernambucana - está encarregada da primeira etapa da identificação, que inclui a coleta de material que possa ser encaminhado para exame de DNA em Brasília e de impressões digitais dos corpos que apresentarem esta condição. Também no arquipélago serão catalogados eventuais pertences das vítimas - anéis, relógios, brincos, vestes.