A força-tarefa encarregada de desvendar as causas do acidente com o Airbus A330 da Air France ganhou, nesta quinta-feira (4/6) mais um reforço. Trata-se do investigador norte-americano Bill English, do National Transportation Safety Board (NTSB), o órgão independente responsável pelas investigações de desastres aéreos nos Estados Unidos. O perito se tornou conhecido no País após o acidente com o Boeing 737-800 da Gol, que deixou 154 mortos em setembro de 2006. Considerado um dos mais experientes investigadores do mundo, English fez parte da equipe que apurou as circunstâncias da primeira e única colisão aérea com aeronaves civis registrada até hoje em território nacional.
Os dados coletados e analisados por English serviram de base para o relatório paralelo emitido no ano passado pelo NTSB, que divergia em parte das conclusões do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) - para os norte-americanos, o controle de voo brasileiro teve maior parcela de responsabilidade na tragédia do que os pilotos do jato Legacy.
Os trabalhos são coordenados pelo Escritório de Investigação e Análises de Acidentes Aéreos da França (BEA, na sigla em francês), com o acompanhamento de militares do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Ontem à tarde, os dois funcionários do BEA que vieram ao Rio de Janeiro para coletar dados do voo 447 retornaram a Paris.
Além de English, o grupo norte-americano designado ontem para auxiliar nas investigações do voo 447 conta com técnicos da Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), da General Electric (GE), indústria dos Estados Unidos fabricante das turbinas do A330, e da Honeywell, construtora de boa parte dos componentes eletrônicos do jato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.