Jornal Correio Braziliense

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Avião da Air France fez último contato a 565 km da costa brasileira

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Brasília - O Airbus da Air France que desapareceu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo na madrugada de domingo para segunda-feira, fez seu último contato com a torre de controle quando estava 565 quilômetros ao nordeste da cidade de Natal, informou nesta segunda-feira a Agência Nacional de Aviação Civil. O Airbus 330 fazia a viagem entre o Rio de Janeiro e Paris e desapareceu quando já havia deixado a área de cobertura dos radares brasileiros, minutos antes de entrar no espaço aéreo controlado pelo Senegal. "Às 22h33, o voo AF 447 realizou o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântica (Cindacta III), na posição INTOL (a 565 km de Natal)", informou a Anac em uma nota oficial. Quando a aeronave saiu da área de cobertura dos radares do Cindacta III, estava voando normalmente a 35.000 pés de altitude (cerca de 11.000 metros), a 840 quilômetros por hora, segundo a mesma fonte. Em seu último contato, a tripulação do avião informou que se preparava para entrar no espaço aéreo sob controle do Senegal. Às 23h20, quando o Cindacta percebeu que o avião não fez contato por rádio anunciando seu ingresso no espaço aéreo senegalês, o centro de operações alertou o controle de Dacar, naquele país. Às 23h30, a Aeronáutica brasileira ativou os dispositivos para iniciar as operações de busca, utilizando uma aeronave da patrulha marítima e outra do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento. Problemas A nota lembra que a própria Air France reportou que o avião chegou a enviar uma mensagem interna para a empresa alertando sobre "problemas técnicos na aeronave" (perda de pressurização e falhas no sistema elétrico). Em Paris, a Air France indicou que, às 23h00 (horário de Brasília), o avião "entrou em uma zona de forte turbulência" e, às 23h15, "a aeronave emitiu mensagens automáticas para anunciar que havia um certo número de problemas", em particular uma falha elétrica. Dois aviões da Força Aérea Brasileira realizam buscas em uma zona do nordeste da ilha de Fernando de Noronha, no Oceano Atlântico.