Um suspeito de pertencer à rede terrorista Al-Qaeda foi preso no Brasil e é mantido pelas autoridades brasileiras. Ele teria sido detido porque transgrediu as leis que proíbem o racismo no País, e não sob acusações de terrorismo. Uma fonte da Polícia Federal confirmou à Associated Press que o suspeito está preso em São Paulo. O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) disse hoje que foi informado há um mês sobre "a detenção em São Paulo de um indivíduo de alto escalão da Al-Qaeda".
Jungmann, que chefia a comissão de segurança na Câmara no Congresso, disse não saber qual é a identidade do detido mas disse que pedirá detalhes à polícia. "Nós precisamos saber com exatidão quem é essa pessoa e o quanto ela é importante na Al-Qaeda", disse Jungmann. "Eu quero saber quais são suas conexões no Brasil e seus objetivos".
O Brasil abriga a maioria da comunidade árabe fora do Oriente Médio, com grande parte vivendo no Estado de São Paulo e em Foz do Iguaçú, cidade fronteiriça do Estado do Paraná com o Paraguai e a Argentina. Durante anos funcionários norte-americanos se preocuparam que a região das três fronteiras tivesse virado um centro de atividades de arrecadação de dinheiro para os grupos Hezbollah e Hamas, embora um recente relatório do Departamento de Estado do governo dos EUA tenha admitido que não existe confirmação "de que esses ou outros grupos extremistas islâmicos tenham presença operacional na região".