O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, e o chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, informaram nesta quinta-feira (14/5) que não houve confronto na operação que resultou na prisão do ex-policial militar Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, acusado de ser o chefe de uma milícia que atua na zona oeste do Rio. Nenhum tiro foi disparado. Apesar de andar sempre com guarda-costas armados, Batman estava somente com a mulher, numa casa-fortaleza para onde havia se mudado há cerca de uma semana.
Os policiais estavam monitorando Batman há 48 horas e sabiam de todos os seus passos, segundo Beltrame. Cerca de 40 agentes foram mobilizados - 20 para a captura, que envolveu um helicóptero (a aeronave disparou seu holofote sobre a casa dele, forçando sua saída), e 20 para a revista na residência. Foram encontrados duas pistolas, dois fuzis, quatro granadas, carregadores de fuzil, cartuchos e ainda uma camiseta com um símbolo do personagem Batman desenhado nas costas.
A polícia já esteve bem perto de prendê-lo em algumas ocasiões, sendo que uma delas, há três meses, foi num pagode na zona oeste. Mas optou-se por não abordá-lo, já que ele estava rodeado por muita gente e poderia haver vítimas inocentes em caso de tiroteio.
Batman vinha sendo procurado desde que fugiu, pela porta da frente, do presídio Bangu 8, em outubro do ano passado. Teria pago R$ 2 milhões para conseguir fugir. Ele é apontado como o matador do grupo de milícia Liga da Justiça. Supostamente seu maior inimigo é Francisco César de Oliveira, o Chico Bala, também ex-PM e acusado de ser miliciano.