As 60 crianças internadas na ala de pediatria do Hospital Barão de Lucena (HBL) terão uma manhã animada nesta sexta-feira (8/5). Elas vão assistir à demonstração de um esporte chamado Agility, largamente utilizado para auxilirar na recuperação durante o tratamento hospitalar.
Cinco cachorros adestrados vão se apresentar para os pacientes infantis, pulando obstáculos, atravessando rampas e passando por cima de mesas. Será a primeira vez em que a técnica será realizada em um hospital pernambucano.
São dois cães da raça fox terrier, um golden retriever e dois border collie que participarão do espetáculo. Uma equipe formada por um adestrador, um veterinário e um fisioterapeuta vão acompanhar a apresentação e garantir a segurança das crianças. O show tem duração prevista de uma hora e está aberta ao público interessado.
De acordo com a terapeuta ocupacional do HBL, Andréa Souza, além dos benefícios emocionais, a atividade traz uma melhora no tratamento dos pequenos pacientes, com ganhos físicos, cognitivos e sociais, ao despertar o lado lúdico das crianças. Entre os benefícios apontados estão os exercícios que servem como estímulos à mobilidade, o aumento das células de defesa do organismo e a diminuição da percepção da dor, sem contar no crescimento do desejo de lutar pela vida.
A intenção é levar os animais para dentro da unidade hospitalar, implantando o projeto como uma das terapias oferecidas pelo HBL. Para isso, os animais terão que passar por uma série de exames, receber o aval do veterinário e possuírem um comportamento tranquilo. A família e a equipe médica também deverão ser consultadas.
História
A terapia assistida por animais surgiu na Inglaterra, em 1792, numa instituição psiquiátrica da Inglaterra. Pacientes tinham a permissão para cuidar de animais de fazenda. Mais tarde, em 1942, terapeutas começaram a perceber os benefícios trazidos em pacientes com desordens mentais e físicas.
A partir dos anos 80, pesquisas científicas provam que a terapia traz benefícios à saúde humana e espalha-se rapidamente pela Inglaterra, pelos Estados Unidos e pela Europa Continental. Hoje, no Brasil, esse tipo de terapia vem sendo amplamente utilizada por hospitais do sul e sudeste do País.
São utilizados todos os tipos de animais, sem oferecer perigo. Gato, coelho, tartaruga, chinchila, hamster, peixe, furão, pássaro e até mesmo animais exóticos como a iguana podem participar da terapia assistida. O principal animal utilizado é o cão, pois apresenta natural afeição pelas pessoas, sendo facilmente adestrado e capaz de criar respostas positivas ao toque.