Terminam nesta terça-feira (14/04) as buscas por vítimas do naufrágio do barco Dona Zilda, ocorrido no dia 5 deste mês, no Rio Amazonas. Uma mulher e duas crianças continuam desaparecidas. O barco naufragou depois de bater em um banco de areia, próximo à cidade de Itacoatiara. Quarenta e sete passageiros estavam no barco, que tinha capacidade para transportar 38.
As informações foram fornecidas pelo comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, coronel Antônio Dias. Segundo ele, as buscas superficiais terminam hoje. Embora não descarte a possibilidade de ainda haver sobreviventes, o coronel disse que, a cada dia que passa, isso se torna mais difícil.
Ele informou que os contatos com os ribeirinhos vão continuar, para o caso de eles suspeitarem da existência de algum corpo em algum local. ;Na região, há casos de pessoas dadas como desaparecidas e que apareceram muito depois, mais de mês após o naufrágio;, contou o coronel .
Em uma semana de trabalho de resgate, participaram das operações 60 homens da Marinha e do Corpo de Bombeiros, com o auxílio de um helicóptero e de outras embarcações da corporação. Além disso, alguns ribeirinhos que têm barcos menores atuam como voluntários nas buscas:
De acordo com o coronel Dias, o barco foi içado ontem e se encontra em terra, para que a Marinha faça a perícia e inicie os inquéritos. Ele disse que a embarcação estava regularizada e dispunha de coletes salva-vidas. No entanto, como levava passageiros demais, não é possível garantir que havia coletes para todos, nem que todos os usavam no momento do acidente.
O acidente ocorreu na madrugada do último dia 5, mas o barco só foi localizado no início da tarde do dia seguinte. Três corpos foram encontrados. Os passageiros e tripulantes do barco Dona Zilda faziam um percurso rotineiro na região e haviam partido de uma comunidade localizada no Rio Arari, a cerca de 13 quilômetros do destino - Itacoatiara.