As 250 mil pessoas que usam os trens diariamente como meio de transporte na região metropolitana do Rio podem ser prejudicadas nesta segunda-feira com uma greve no sistema. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Central do Brasil, Valmir Índio Lemos, confirmou hoje a paralisação, mas disse que a decisão ainda pode ser revertida, dependendo de uma posição da Supervia, empresa que administra o transporte ferroviário urbano.
Índio ressaltou que o motivo da greve é pedir maior segurança para os funcionários e passageiros da Supervia e citou casos recentes de choques de trens e o fato dos vagões circularem com as portas abertas, colocando em risco a vida das pessoas.
A Supervia foi procurada hoje, através da assessoria de imprensa, mas limitou-se a dizer que sua posição está expressa em nota divulgada na última quinta-feira, quando classificou o movimento de ;extemporâneo; e influenciado por interesses salariais. A empresa também disse que vai colocar em prática um plano para situações emergenciais e que buscaria judicialmente decretar a abusividade da greve.
Sobre as demissões dos trabalhadores, a empresa informou que se pronunciaria somente amanhã. Os trens da Supervia atendem principalmente passageiros que moram na Baixada Fluminense e que usam o transporte ferroviário por ser a opção mais barata.