Um projeto desenvolvido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos em parceria com o Complexo Educacional Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) pretende facilitar a vida dos deficientes visuais paulistanos. Na quarta-feira foi lançado, na sede da fundação (Rua Dr. Diogo de Faria, 558, Vila Clementino), um mapa tátil com os principais pontos da região.
Graças aos desenhos em relevo e às informações em código braile, os frequentadores da instituição conseguem identificar nele as ruas e os principais estabelecimentos do bairro, como hospitais, igrejas, restaurantes e a Estação Santa Cruz do Metrô. Os dados também estão impressos em tinta, com alto contraste, para ajudar pessoas com pouca visão.
Deficiente visual desde 2002, a professora Diana Ferreira Rocha de Oliveira testou e aprovou o mapa, que mede 1,2x1,2 m. ;Facilita muito, porque com ele temos uma boa noção da distância e sabemos onde estão os semáforos;, exemplifica. Ela mora em Caieiras, município da Região Metropolitana de São Paulo e uma vez por semana toma, sozinha, ônibus, trem e metrô para ser atendida pela Fundação Dorina Nowill.
Mais mapas
Esse não é o único mapa para cegos da cidade. Há uma semana, o Metrô inaugurou um guia parecido, medindo 0,8x0,8 m, na Estação Santa Cecília. ;Queremos facilitar a circulação nos arredores da estação e auxiliar a compreensão do espaço urbano;, explica Maria Beatriz Barbosa, chefe do Departamento de Relacionamento com o Cliente da companhia.
Ambos os projetos foram desenvolvidos em parceria com o Departamento de Arquitetura da FIAM/FAAM, que integra o complexo FMU. De acordo com a coordenadora do curso de Arquitetura, Paula Katakura, um mapa assim leva cerca de dois meses para ser produzido. ;Fazemos uma revisão do que existe nas ruas e procuramos indicar os equipamentos urbanos mais utilizados pelos deficientes, como hospitais e centros de atendimento;, conta. Vinte profissionais estiveram envolvidos na confecção do mapa da Fundação Dorina Nowill, entre professores e alunos da universidade e técnicos da fundação.