Depois de uma semana acampados no prédio da administração, mais de 80 estudantes deixaram nesta quinta-feira (9) a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) em Presidente Prudente, no interior do Estado. Eles se retiraram depois que a Justiça concedeu a reintegração de posse solicitada pela diretoria. Um oficial de Justiça entregou a liminar do juiz Leonino Carlos da Costa Filho a nove universitários citados no processo. A Polícia Militar (PM) acompanhou a saída dos estudantes, que estavam no local desde o último dia 2.
"Não houve força física, mas houve força simbólica dentro de uma universidade pública", protestou Anderson Pelegrini, um dos líderes do movimento. A construção de um restaurante universitário, a contratação de mais professores e a ampliação de bolsas para estudantes pobres são as principais exigências dos universitários.
"Tudo isso já está em andamento, está sendo providenciado. O restaurante está encaminhado e contratamos 18 professores", disse o professor João Fernando Custódio da Silva, diretor da Unesp prudentina, que tem mais de 3 mil alunos, cerca de 200 professores e mantém na cidade a Faculdade de Ciências e Tecnologia com 12 cursos. Durante a ocupação, a diretoria não pôde fazer o pagamento de professores substitutos, pensões alimentícias e fornecedores, totalizando mais de R$ 200 mil.