Jornal Correio Braziliense

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Barco que afundou no Rio Amazonas deve ser retirado hoje

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O barco Dona Zilda, que afundou no Rio Amazonas no último domingo (5/4), deve ser içado ainda nesta terça-feira (7/4). O naufrágio ocorreu próximo ao município de Itacoatiara. Quatro mulheres e duas crianças continuam desaparecidas. Segundo o coronel Antônio Dias, do Corpo de Bombeiros do Amazonas, as buscas pelos desaparecidos recomeçaram hoje de manhã e não têm previsão para terminar. Participam dos trabalhos cerca de 60 homens do Corpo de Bombeiros e da Marinha, com a ajuda de um helicóptero, de um navio e de outras embarcações menores. O coronel informa que as equipes trabalham com todas as possibilidades, inclusive de os desaparecidos terem nadado até margem do rio. Ele também não descarta que alguns passageiros possam ter ficado presos nos camarotes do barco. As águas do rio Amazonas são muito escuras e o barco está a cerca de 37 metros de profundidade. Isso acaba dificultando as buscas, já que os mergulhadores só conseguem ficar por 12 minutos embaixo d'água. O coronel ressalta a importância de trazer o barco para a superfície o mais rápido possível. O Dona Zilda naufragou por volta das 3h30 da madrugada do domingo, quando voltava de uma área conhecida como Arari, a 13 quilômetros de Itacoatiara. A embarcação teria batido em um banco de areia, próximo margem direita do Rio Amazonas, antes de afundar. Quarenta e sete pessoas estavam a bordo, apesar de o barco ter capacidade para transportar 38 passageiros. A Marinha está investigando as causas do naufrágio, e a conclusão deve sair em 90 dias. Segundo informações do 9º Distrito Naval, com exceção do excedente de passageiros, a embarcação estava regularizada e tinha coletes salva-vidas. Ainda não se pode afirmar, no entanto, se todas as pessoas usavam os coletes. A população pode denunciar irregularidades nas embarcações pelo telefone do Disque-Denúncia da Marinha, o 0800-280-7200.