Minas Gerais contabiliza a 41ª vítima das chuvas, desde setembro. O bebê Luiz Miguel Silveira Gandra, de 8 meses, morreu soterrado, na noite de terça-feira (31/3), em Viçosa, a 230 quilômetros de Belo Horizonte, na Zona da Mata. Um deslizamento de terra destruiu a casa onde ele morava com quatro familiares, no Paiol, zona rural do município. As demais vítimas foram encaminhadas ao Hospital São João Batista com escoriações leves.
De acordo com a chefe da Defesa Civil na cidade, Aline Fialho Rubim, das 19h às 22h da terça-feira, os pluviômetros marcaram 97 milímetros. A tempestade de três horas causou outros prejuízos ao município. Um deslizamento de terra, no Bairro Betânia, atingiu três casas e destruiu a cozinha de uma delas. A dona da residência, Maria da Conceição Santiago, teve ferimentos no abdômen e na perna. Uma casa, no Bairro de Fátima, desmoronou. Os quatro moradores saíram ilesos do acidente.
O morador de Caeté, a 59 quilômetros da capital, na Região Central do estado, Sérgio da Conceição, de 21, foi levado pelas águas do Rio Engenho Velho, na zona rural da cidade, ao tentar atravessá-lo, nadando. Desde a manhã de quinta-feira (2/4), seis homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros estavam à procura do rapaz. A equipe percorreu uma distância de 5 quilômetros ao longo do curso d;água e, até o fechamento desta edição, ainda não havia sido encontrado.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Caeté, Roberto Rodrigues Reis, em 30 minutos de chuva, os pluviômetros marcaram 50 mm. Roberto conta que, em condições normais, é possível trafegar no local onde Sérgio passava.
Prejuízos
Apenas na quinta-feira, quatro cidades mineiras comunicaram danos em função das chuvas à Defesa Civil do estado: Presidente Bernardes, na Zona da Mata, Conceição do Rio Verde, no Sul de Minas, e Inhapim e Ubaraporanga, ambas na Região do Rio Doce. Por causa das fortes chuvas, na quarta-feira (1/4), a ponte de concreto sobre o Córrego Dona Maria Friagem desabou no município de Conceição do Rio Verde. A queda da construção, na zona rural, impediu o transporte de leite das fazendas para o município. De acordo com o Secretário de Obras da cidade, Aciule de Oliveira Bueno, os moradores estão atravessando sobre os escombros.
Em Ubaporangaa, quatro horas de chuva causaram deslizes de terra, alagamentos e desmoronamentos. Estradas também foram bloqueadas. Cerca de 320 pessoas foram afetadas e receberam mantimentos da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec).