O uso de bicicleta como forma de transporte praticamente dobrou na Região Metropolitana de São Paulo entre 1997 e 2007. Segundo a Pesquisa Origem e Destino, divulgada hoje pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o número de viagens diárias de bicicleta na região saltou de 165 mil para 305 mil no período (crescimento de 84%). No decênio, o número de viagens não motorizadas (bicicleta e a pé) registrou crescimento de 18%. No total, o número de viagens de bicicleta ou a pé correspondem a 34% do total
Segundo a pesquisa, o principal motivo para viagens a pé é ir à escola ou à faculdade, citado por 57% dos entrevistados, enquanto 26% apontaram o trabalho. Do total, 89% das viagens são realizadas a pé por causa da pequena distância a ser percorrida. Já entre as viagens de bicicleta, o principal motivo é trabalho, citado por 71% dos entrevistados, seguido por educação, com 12%, e lazer, com 4%. Segundo o levantamento, 56% afirmaram que usam bicicleta como meio de transporte por causa das pequenas distâncias a serem percorridas e 22% consideram cara a condução alternativa
A pesquisa mostrou que as viagens não motorizadas são feitas majoritariamente por crianças e jovens, que vão a escola a pé ou de bicicleta. Após os 18 anos, eles passam a utilizar o transporte público ou a andar de carro. Segundo o levantamento, o principal lugar de guarda das bicicletas é privado, citado por 61% dos entrevistados. Os bicicletários gratuitos correspondem a 15% e os locais públicos, 8%
A pesquisa Origem e Destino é realizada desde 1967 a cada dez anos. Nesta quinta edição, ela abrangeu os 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. As entrevistas para a base de dados começaram em agosto de 2007 e totalizaram 214 dias de trabalho em campo e 30 mil entrevistas.