O advogado-geral da União, José Antônio Toffoli, quer que os não-índios saiam imediatamente da reserva Raposa Serra do Sol quando o julgamento for encerrado. "Esperamos que o Supremo permita a retirada dos não-índios", disse, no caso de o placar confirmar-se positivo para os indígenas.
Ele acredita que não haverá resistência por parte dos arrozeiros e posseiros, mesmo pensamento do superintendente da Polícia Federal em Roraima, José Maria Fonseca. De acordo com o delegado, 140 agentes da Força Nacional de Segurança Pública mais outros 140 da superintendência estão a postos para fazer a retirada, caso o STF decida dessa forma. Porém, em entrevista ao Correio, ele afirmou que não é possível, até por causa do tamanho do território - mais de 1,7 milhão de hectares, retirá-los "da noite para o dia".
O líder dos produtores de arroz na região, Paulo César Quartiero, que acompanha o julgamento no Plenário, disse que não haverá conflitos. Mas ele afirma que, ao contrário do que disse o delegado, há mais de 500 agentes na região criando, segundo ele, um clima de terrorismo.