A Polícia Civil desbaratou nesta segunda-feira (16/3) uma quadrilha especializada em clonagem de cartões de crédito. Cinco pessoas foram presas na operação batizada de Crédito Fácil, entre elas o homem apontado como chefe do grupo, o empresário Rogério Antunes Cerqueira. Outros quatro suspeitos estão foragidos. A quadrilha, que adquiria a tecnologia para a clonagem de cartão em São Paulo, preparava um novo golpe que renderia US$ 20 mil por dia.
O grupo começou a ser identificado a partir de registros de ocorrências feitos por turistas estrangeiros, no ano passado, de fraudes com cartões de crédito. O delegado Fernando Veloso, da Delegacia de Apoio ao Turismo (Deat), afirmou que Rogério, de 28 anos, e o primo Cristiano Cerqueira da Silva, de 34 anos, aliciaram funcionários de empresas de manutenção de máquinas de cartão. Eles instalavam equipamentos adulterados nas lojas e os recolhiam dias depois, com os dados dos clientes. Para isso, simulavam um defeito na máquina.
Depois que o equipamento fraudado havia armazenado dados de clientes, a troca era desfeita para não levantar suspeita das empresas contratadas para a instalação e manutenção das máquinas de cartão. "Os lojistas devem ficar atentos a esses funcionários e ligar para a empresa sempre que desconfiar de alguma coisa. E sempre exigir a identificação", disse o delegado.
A quadrilha revendia para outros grupos os cartões clonados. Os internacionais eram negociados a R$ 400. Já os cartões nacionais saíam a R$ 300. Os suspeitos também faziam compras em lojas, sites e até no Paraguai. Os produtos - laptops, televisores de plasma, máquinas digitais e telefones celulares - eram vendidos em rifas, anúncios de jornal e no site Mercado Livre. Veloso calcula que o grupo deu prejuízo mensal de R$ 350 mil, no mínimo às operadoras de cartão.
De acordo com a polícia, o grupo se preparava, agora, para comprar equipamento que permitiria à quadrilha ter acesso online às informações dos cartões de crédito usados nas lojas, sem a necessidade de voltar ao estabelecimento e recolher as máquinas.
fonte: Agência Estado