A Petrobras e a empresa japonesa Marubeni poderão fechar uma parceria para a construção de uma refinaria no Maranhão. A estatal brasileira divulgou nota, na qual admite a existência de estudos conjuntos com esse objetivo.
A propósito de esclarecimentos sobre uma consulta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a partir de reportagem de um jornal do Rio, dando conta de que o grupo japonês estaria disposto a bancar sozinho o projeto, a estatal brasileira esclareceu que, em 28 de janeiro de 2009, assinou memorando de entendimento com a Marubeni Corporation destinado a estudos em conjunto para o Projeto da Refinaria Premium II, no Maranhão.
Segundo a nota, o memorando se baseia no interesse da Marubeni em atuar como parceiro potencial do projeto e tem como objetivo executar estudos conjuntos para analisar a viabilidade de participação na sua implantação, sem criar obrigação adicional para as partes ou qualquer compromisso financeiro para a Petrobras.
Estimada em US$ 20 bilhões, a Refinaria Premium II está prevista no plano de negócios da Petrobras para o período 2009-2013, para entrar em operação em cinco anos, atingindo a plena carga em 2015. A unidade terá capacidade de refino de cerca de 600 mil barris de petróleo por dia e faz parte dos planos da estatal de passar a exportar derivados, como forma de agregar valores ao petróleo produzido no país, que saltará em relação produção atual, em razão do início da produção dos campos do pré-sal.
O plano de negócios da Petrobras para o período 2009-2013 prevê investimentos de US$ 47,8 bilhões para a Área de Abastecimento e Refino e dará prioridade exatamente o aumento da capacidade de refino da companhia, hoje da ordem de 800 milhões de barris de óleo por dia. Com os investimentos na área de refino, a carga de petróleo processada nas refinarias do país deverá passar dos atuais cerca de 800 milhões de barris para 2,270 milhões em 2013 e 3,012 milhões em 2020, com um aumento médio anual de 4,8%.
Para aumentar a sua capacidade de refino, a Petrobras manteve na revisão anual do plano de negócios, a previsão de construção de cinco novas refinarias, inclusive o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Estão ainda previstos investimentos na construção das Refinarias Abreu e Lima (Pernambuco), Clara Camarão (Rio Grande do Norte) e a Premium I (Ceará), além do Complexo Petroquímico de Suape, em Pernambuco, que terá uma unidade de cidade de refino da companhia de modo a tornar o Brasil auto-suficiente também no processamento dos diversos produtos comercializados no país.