Jornal Correio Braziliense

Brasil

Morre em São Paulo paciente que vivia com dois corações

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O Instituto do Coração de São Paulo (Incor-SP) informou que o homem de 53 anos que recebeu um segundo coração em um transplante no início deste mês morreu na madrugada desta quarta-feira (11/03) nas dependências do hospital, onde permanecia internado após a cirurgia. Ainda de acordo com o Incor, a morte ocorreu por volta das 4h30 desta madrugada por falência múltipla de órgãos. O transplante heterotópico ; a substituição do coração por um outro, transplante regular, é chamada transplante ortotópico ; realizado no paciente no último dia 4 de março durou 13 horas e foi considerado bem sucedido. Apesar disso, o estado de saúde do paciente era considerado grave, e ele necessitava de aparelhos para respirar e auxiliar na circulação sanguinea. Também eram usados aparelhos para auxiliar nos batimentos cardíacos do homem, que, além do problema no coração, tinha hipertensão pulmonar e por isso não teria seu problema resolvido com um transplante normal. O transplante heterotópico é uma prática raríssima, mas já utilizada há algum tempo. No mundo, a primeira experiência nesse sentido foi em 1974. No Brasil, em 1992. Ela consiste na implantação de um coração ;parceiro; ao do paciente nos casos em que a substituição não é possível. Os dois órgãos são acoplados e trabalham em conjunto para bombear o sangue. Entretanto, não podem bater no mesmo ritmo, sob o risco de elevar excessivamente a pressão sanguinea do paciente.