Jornal Correio Braziliense

Brasil

Casos de dengue diminuem 40,5% no Distrito Federal

Balanço mostra redução da doença nas seis primeiras semanas do ano em relação ao mesmo período de 2008. Seis estados, porém, sofrem com o avanço do Aedes aegipty

Balanço parcial divulgado ontem pelo Ministério da Saúde mostra uma queda de 40,5% dos casos de dengue no país nas primeiras seis semanas do ano, em relação ao mesmo período de 2008. O Distrito Federal apresentou diminuição acima da média nacional (54%), passando de 435 casos para 238. Seis unidades da federação, porém, não conseguiram controlar o Aedes aegipty e estão em estado de alerta. Situações como a do Acre, que passou de 261 para 5.562 diagnósticos no tempo analisado, assustam. Outro estado com quadro preocupante é a Bahia, que registrou 9.003 casos de 1º de janeiro a 13 de fevereiro deste ano, contra 2.998 no período anterior. Descontinuidade nas ações de prevenção e a introdução do sorotipo 2 da doença, novo em algumas áreas, explicam parte do aumento em determinados municípios brasileiros. ;Não dá para eleger um único fator contribuinte para o aumento de casos nesses estados, mas consideramos a interiorização da doença como algo relevante, pois acaba levando um sorotipo para a qual aquela população não tem imunidade;, destaca Fabiano Pimenta, secretário adjunto de vigilância em saúde do Ministério da Saúde. De acordo com ele, outra questão que pode ter interferido foi a troca de secretários de saúde em cerca de 60% dos municípios. ;O importante, agora, é não abaixar a guarda para a dengue, já que ainda não estamos nem no meio do período mais crítico da doença;, ressalta o secretário. Isso porque cerca de 70% dos casos ocorrem de janeiro a maio. Bahia Diretora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde da Bahia, Alcina Andrade destaca que grande parte dos infectados pela dengue no estado é menor de 14 anos. ;São pessoas que não tiveram contato com o sorotipo 2;, destaca ela. Além disso, ela afirma que o número de agentes nas ruas, fazendo trabalho de prevenção, deixa a desejar em vários municípios. O estado já registrou 11 óbitos em 2009 por conta da doença, contra 15 mortes no ano passado inteiro. Espírito Santo é outra localidade em estado de alerta, pois identificou 5.955 pessoas contaminadas até o dia 13 de fevereiro. No mesmo período de 2008, o estado registrou 1.133 infectados. Em Roraima, a situação também é crítica. O número de casos subiu de 361 para 1.153 no período que o balanço do Ministério da Saúde abrangeu. No Amapá, houve 520 diagnósticos positivos, contra 284 em 2008. A lista de estados com problemas inclui ainda Minas Gerais, onde a transmissão praticamente duplicou ; de 3.564 para 6.266. Embora essas seis unidades da Federação estejam em estado de alerta, o ministério comemorou o dado geral, que indica uma queda na contaminação no país. ;O esforço empreendido pelo governo federal desde outubro, período que antecede o início da etapa mais problemática do ano, tem relação com essa diminuição de casos;, diz Pimenta.
Número de casos por unidade da Federação