Jornal Correio Braziliense

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Bahia registrou mais de seis mil casos de dengue até a primeira semana de fevereiro

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O estado da Bahia enfrenta uma epidemia de dengue, de acordo com a Secretaria de Saúde estadual. Até a primeira semana de fevereiro foram notificados 6,5 mil casos, o que representa um aumento de 153% em relação ao mesmo período de 2008. Também foram confirmadas seis mortes no estado, destas quatro ocorreram em Porto Seguro. Em 42 municípios, são 184 doentes com suspeita de complicações como febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue. Já estão confirmados 64 casos, em 17 municípios. Além disso, 135 cidades já notificaram a doença, o que corresponde a 32% dos municípios da Bahia. Jequié apresenta o maior número de notificações, 3,3 mil casos, mais da metade dos casos registrados. A coordenadora do Comitê de Controle da Dengue da Secretaria de Saúde da Bahia, Jesuina Castro, atribui a gravidade da questão à mudança nas administrações municipais de Sáude, que acabaram não renovando os contratos das equipes de agentes de combate às endemias. "Por outro lado, também ocorreu uma certa negligência por parte de alguns gestores municipais com a manutenção das atividades de controle do vetor, com as atividades de vigilância epidemiológica e com a organização da assistência, que é necessária sobretudo nesse período em que a doença ocorre com maior freqüência.; No total, 300 municípios da Bahia não contrataram seus agentes da forma correta, o que impossibilita o controle do estado e a garantia da continuidade da ação de combate ao mosquito transmissor. A Secretaria de Saúde do estado também detalhou que trabalha para conter a epidemia de dengue até março, e assim evitar que o alto número de notificações se mantenha até junho, quando termina o período de maior registro da doença. A coordenadora também ressaltou as ações do estado para conter a epidemia, que está atuando em quatro linhas. "Na área de mobilização, com a constituição do comitê que dá suporte com a produção de material, divulgação de campanhas na mídia de massa e com apoio a ações locais de esclarecimento. Na área de controle do vetor com o trabalho dos bombeiros, aquisição de material para esta ação principalmente nos municípios com maior risco. Com a capacitação de agentes, um suporte maior principalmente para os municípios que desde 2002 não conseguiram ainda capacitar suas equipes. E na vigilância epidemiológica suplementando o trabalho destas equipes municipais.;