O aumento da frota de veículos em 9,8% contribuiu para um fluxo intenso nos 62 mil km das rodovias federais durante o feriado de carnaval, o que resultou em 2.865 acidentes, crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 2.396. O número de mortes neste ano (127) permaneceu praticamente o mesmo de 2008 (128), com a redução de apenas um óbito. O total de autuações passou de 156.919 para 176.815 (alta de 12%), sendo 120 mil por radar e 862 por bafômetro.
Questionado sobre os poucos resultados positivos da Lei Seca, em vigor desde julho do ano passado, o inspetor Alexandre Castilho, da Polícia Rodoviária Federal, minimizou as críticas. "Não imaginávamos que a Lei Seca tivesse um resultado imediato. Houve uma redução importante nos primeiros meses, mas em razão da cautela e do assunto estar sendo tratado intensamente pela mídia. Essa lei deve reduzir o número de óbitos e acidentes a longo prazo", espera.
Minas liderou
Minas Gerais, estado com a maior malha rodoviária do país, lidera o ranking de acidentes dos números absolutos durante o carnaval. Foram 471 acidentes, com 21 mortes e 347 feridos. Em seguida aparece Santa Catarina, com 366 desastres, 19 óbitos e 217 feridos. O terceiro colocado foi o Rio de Janeiro, com 267 acidentes, sendo 10 mortes e 131 feridos. Maranhão e Rio de Janeiro foram os estados que registraram maior número de mortes (10 cada um), seguido pela Bahia (8) e Pernambuco (7).
"As estatísticas de trânsito não devem ser analisadas de maneira isolada ou simplista. Olhar apenas os números absolutos pode dar a impressão equivocada sobre o que está acontecendo nas estradas. Se a frota em circulação nas rodovias foi recorde, seria natural imaginar o crescimento das ocorrências de trânsito. Mas a verdade é que conseguimos estabilizar o número de óbitos e reduzimos em 20% a fatalidade dos desastres", explica o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Hélio Derenne.