SOROCABA - A Polícia Ambiental de Sorocaba apreendeu 600 toras de palmito in natura numa fábrica clandestina que funcionava na zona rural de Tapiraí, cidade da região de Sorocaba, interior de São Paulo.
Cada tora corresponde ao corte de uma palmeira da espécie juçara, típica da mata atlântica e ameaçada de extinção. Os palmitos estavam enfeixados e prontos para o processamento numa fábrica clandestina que funcionava na zona rural do município. No local, um galpão de alvenaria, foi montada uma estrutura para processar e embalar o palmito - fogão, tachos, maçarico, balança e equipamentos usados no corte das palmeiras.
As condições de higiene eram extremamente precárias. Não havia ninguém no local. As pessoas que trabalhavam na fábrica provavelmente fugiram antes da chegada dos policiais. Dois dias antes eles tinham apreendido mais de 100 vidros com palmito clandestino num bairro vizinho. A polícia acredita que o palmito era retirado das unidades de conservação existentes nas redondezas, como o Parque Estadual do Jurupará.
É a terceira fábrica clandestina de palmito fechada em uma semana. Outras duas foram localizadas por policiais ambientais de Itapetininga no interior do Parque Estadual Carlos Botelho, reserva de mata atlântica entre as mais preservadas e vigiadas do Estado. Dois homens foram presos.