Jornal Correio Braziliense

Brasil

Crise reduz mais da metade do orçamento da festa em Mariana

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Na esteira da crise econômica internacional, cujos efeitos chegaram primeira vila de Minas Gerais, fundada em 1696, a prefeitura promoveu neste ano um corte brusco de gastos em relação ao carnaval de 2008. No ano passado, segundo o prefeito Roque Camêllo, que era vice época, o poder público investiu R$ 1,2 milhão na festa, reduzidos este ano para R$ 500 mil. Os cortes foram feitos com a desativação de boates e a economia na contratação de seguranças, que se tornou possível com a colocação de câmeras de monitoramento das ruas. Além disso, foram contratados para apresentação em palcos fora do centro histórico artistas que cobraram cachês mais baratos. Trouxemos bandas menores e privilegiamos as corporações locais. E investimento material nem sempre garante o retorno desejado, ressaltou o prefeito. A prefeitura tem 70% de seu orçamento vinculado tributação minerária e teme uma queda com a provável redução das exportações, em decorrência da crise. A receita com o turismo ainda é incipiente e uma das razões para que a cidade busque o reconhecimento como patrimônio histórico e cultural da humanidade, já que tem vários casarões seculares, igrejas, museus e com valiosas peças de arte sacra e barroca. O turismo ainda não ganhou a conotação de indústria por aqui. Queremos abrir outros leques, admitiu Camêllo. Ele acredita que cidade poderá atrair eventos nacionais com a construção de um centro de convenções, em andamento, e com melhor marketing do turismo religioso, especialmente na Semana Santa.