Dois dos sete PMs suspeitos de participar de pelo menos três assassinatos entre o Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, e as cidades de Embu e Itapecerica da Serra, confessaram os crimes em depoimento nesta terça-feira na Delegacia Seccional de Taboão da Serra. Os sete PMs estão presos temporariamente desde o dia 23 de janeiro e pertencem ao 37º Batalhão. Além deles, outros quatro já estavam detidos desde o dia 13 de janeiro. Um deles, identificado como Rodolfo da Silva Vieira, teria admitido envolvimento nas mortes.
Assim, já haveria três confissões, segundo a própria polícia. A promotora Eliana Passarelli, do Ministério Público Militar, acompanhou as declarações. A promotora explicou que os PMs justificaram o crime dizendo que tentavam acabar com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que segundo os suspeitos ;teria matado um colega de farda;. As investigações começaram em maio de 2007, depois que quatro cadáveres apareceram decapitados em diferentes terrenos baldios.
Com o auxílio da Corregedoria da PM, descobriu-se que quatro policiais presos em 13 de janeiro conduziam a viatura naquela noite. São eles: Rodolfo da Silva Vieira, Moisés Alves dos Santos, Joaquim Aleixo Neto e Anderson dos Santos Sales. Os nomes dos outros presos não foram divulgados. Segundo investigadores ouvidos pelo Jornal da Tarde, o grupo agia sempre da mesma forma: as vítimas desapareciam e eram encontradas decapitadas em diferentes locais - uma forma de dificultar a identificação.