Após ameaça de novo confronto entre policiais e moradores da favela Paraisópolis, no Morumbi, na zona sul de São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado informou que o efetivo no local passou de 180 para pelo menos 300 homens na tarde de hoje. De acordo com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), os PMs contam com 60 viaturas - 38 do policiamento e 22 da Tropa da Choque.
Na tarde de ontem, o conflito em Paraisópolis destruiu carros e estabelecimentos comerciais e deixou pelo menos seis feridos - quatro policiais militares e dois moradores. O secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, irá nesta tarde até o local para verificar a situação da comunidade, ocupada pela Polícia Militar após o protesto desta segunda-feira.
A morte do traficante e ladrão Marcos Purcino, de 25 anos, durante uma troca de tiros com policiais militares no domingo à tarde, desencadeou a revolta de moradores da favela. Segundo o chefe do Comando de Policiamento de Área Metropolitano-5 (CPA/M-5), coronel Danilo Antão Fernandes, o protesto foi causado pela morte de Purcino, um foragido da Justiça com duas condenações por roubo.