A abertura de novas instituições de ensino superior, principalmente particulares, desacelerou depois de dez anos de expansão no país. Segundo dados do Censo da Educação Superior 2007, divulgados nesta segunda-feira, houve uma oscilação de 0,5% em relação ao ano anterior. Da mesma forma, o ritmo de abertura de cursos de graduação presenciais nas instituições caiu - houve um crescimento de 6,2% entre 2006 e 2007, mas já chegou a ser de 14% entre 2002 e 2003.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo censo, também informou que o levantamento vai mudar a partir deste ano. Segundo o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, as instituições agora terão de registrar seus dados - número de alunos e professores - com nome, sobrenome e um documento. Até hoje, elas mandavam apenas a quantidade de estudantes e docentes, sem necessidade de comprovação.
Desde 1994, o número de instituições - assim como o de cursos - vem crescendo aceleradamente. O ritmo de novos ingressos nas particulares também caiu. No final do ano passado, o Ministério da Educação decidiu reduzir o tamanho de quatro instituições de ensino a distância do País por problemas na qualidade do atendimento depois de um processo de supervisão. O próprio Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), que embasa parte da avaliação dos cursos, deverá passar por modificações para atender a análise dos cursos a distância.