O presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, negou nesta terça-feira o pedido de habeas corpus de Geniglei da Cruz, envolvida no assalto ao Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005. Na decisão, o ministro aponta a complexidade e o grande número de acusados de envolvimento no crime.
Geniglei está presa preventivamente por evidência de participação no assalto e na lavagem de parte dos R$ 164 milhões furtados da caixa forte do Banco Central. Segundo nota do STJ, a 11ª Vara da Justiça Federal do Ceará já havia negado o pedido de liberdade à acusada enquanto aguarda o julgamento.
De acordo com o Ministério Público Federal, Geniglei movimentou dinheiro e bens muito superiores aos ganhos informados por ela, de R$ 800 mensais. A Polícia Federal encontrou também impressões digitais dela dentro da casa de onde partia o túnel usado no acesso até o banco.
Irmã de um dos supostos líderes da quadrilha, Antônio Alves dos Santos, Geniglei confirmou que estava na casa na época do furto, mas negou participação direta no grupo.
O ministro Ari Pargendler baseou sua decisão na análise aprofundada de provas e na consistência das evidências contra a ré. Ele destacou ainda o prazo excessivo para a conclusão do tribunal sobre o pedido da defesa.
A investigação sobre o assalto foi concluída em novembro passado e terminou com 122 pessoas presas.