Em 2009, o risco de os motoristas serem flagrados por radares na capital paulista vai aumentar 60%, caso a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) consiga colocar em operação o número de equipamentos previsto. Se as licitações não emperrarem, como aconteceu em 2008, a previsão é de que 215 novos aparelhos sejam instalados no próximo ano. Ontem, outros 23 aparelhos fixos começaram a multar. Agora, 342 radares funcionam na cidade. Com os 319 equipamentos que já estavam em operação, a Prefeitura aplicou 326 mil multas em novembro - uma a cada oito segundos. Desde janeiro, houve 4,2 milhões de autuações.
A CET conta com cinco tipos de radar: fixos, móveis, lombadas eletrônicas, refis (caetanos) e reifex. Os três primeiros aparelhos estão em operação há dez anos. Os mais antigos, de 1995, são o refis e os reifex, que fiscalizam, respectivamente, motoristas que passam o sinal vermelho e invadem a faixa exclusiva de ônibus. Tecnicamente, eles não são considerados radares, por não registrarem velocidade. Mas, com um mecanismo semelhante, flagram os dois tipos de infrações.
Desde agosto, a Prefeitura vem enfrentando uma série de problemas com as licitações dos radares. Primeiramente, o contrato com a empresa que operava os 26 aparelhos móveis venceu. Dois meses depois, os 40 radares fixos deixaram de funcionar pelo mesmo motivo. Aos poucos, a Secretaria de Transportes está colocando em operação mais equipamentos, por meio de novas licitações. A meta é chegar a 235 fixos e voltar a ter 26 móveis. Por enquanto são 86 e 10, respectivamente.
As cem lombadas eletrônicas, por pouco, também não pararam de operar. A CET conseguiu, com contratos emergenciais, prorrogar a prestação do serviço até janeiro, quando as novas serão instaladas. A idéia é substituir as antigas e colocar mais 53. Por fotografarem os veículos de frente, elas não registram excesso de velocidade de motos, sem placa dianteira. Por serem mais antigos, os refis devem ser substituídos gradativamente por radares fixos.