A partir das suspeitas de que pelo menos 20 pessoas já demonstram sintomas parecidos ao da leptospirose, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, divulgou nota específica para o tratamento da doença causada pela urina de ratos. As orientações são direcionadas apenas aos municípios atingidos pelas inundações e deslizamentos de terra. Um rigorosa vigilância sobre os casos suspeitos será exercida por um período de até 40 dias após a baixada das águas.
A recomendação é para que as pessoas que entraram em contato com água e lama contaminada, principalmente pela urina de roedores urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos), devem ficar atentos aos sintomas como: dor de cabeça, dores musculares e febre. No caso de identificação destes sinais, é indicado procurar a unidade de saúde mais próxima.
As demais cidades devem continuar seguindo as orientações anteriores para procedimentos de investigação de leptospirose. Inicialmente, os dez pacientes suspeitos de contaminação pela bactéria transmissora da leptospirose, identificados no último final de semana, foram encaminhados para as unidades de saúde de Blumenau e Ilhota, onde passaram por avaliação médica e cederam amostra de material para exames laboratoriais.
Mortes
A Defesa Civil confirmou hoje a morte de mais dois catarinenses, elevando para 116 o total de pessoas que perderam a vida em decorrência dos estragos provocados pelas chuvas no Estado. Segundo a Defesa, as duas últimas vítimas são de Luiz Alves, município do Vale do Itajaí, que agora acumula 10 óbitos.
Felipe Soplisk, de 7 anos, havia sumido no domingo, após um deslizamento que também feriu dois bombeiros da Força Nacional de Segurança. Licia Luciane, de 66 anos, foi atingida por um deslizamento no sábado, no morro do Serafim. A idosa foi levada a um hospital em Itajaí, mas não resistiu aos ferimentos. Seu marido, o agricultor Valmor Luciane, de 70 anos, está desaparecido, aumentando para 31 o total de pessoas procuradas.