O ministro da Saúde José Gomes Temporão anunciou há pouco que vai haver um aumento do número de kits para o teste rápido anti-HIV destinados aos estados em 2009. Serão distribuídos, ao todo, 3,3 milhões de kits de teste rápido entre os estados no próximo ano.
O ministro anunciou cerca de R$ 16 milhões no Orçamento para o pagamento de testes de detecção de Aids e sífilis. Os recursos vão permitir a compra de mais 900 mil testes Elisa anti-HIV. Segundo Temporão, das 630 mil pessoas que vivem com HIV entre 15 e 49 anos, 255 mil brasileiros estão infectados, mas ainda não fizeram o teste.
José Gomes Temporão disse ainda que a Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Instituto de Tecnologia Imunobiológicos (Bio-manguinhos), acaba de concluir o processo de nacionalização da produção dos testes rápidos. Isso significa que os kits adquiridos pelo Ministério da Saúde possuem atualmente tecnologia 100% nacional.
O ministro lembrou que dos 17 medicamentos que incluem o coquetel de anti-retrovirais, sete já são produzidos no país e o 8º, que é Efavirence, deve começar a ser produzido no país até o início de 2009. Segundo ele, o país gastou, este ano, cerca de R$ 1 bilhão para medicamentos de combate à Aids.
;Quanto mais precoce o diagnóstico e quanto mais cedo o início do tratamento contra Aids, melhores resultados em relação à qualidade de vida serão alcançados pelos pacientes soropositivos ;, disse o ministro.
Debate
O Ministério da Saúde entrevistou 8 mil pessoas para discutir o preconceito em relação à Aids e, dessas pessoas que foram ouvidas, 13% acreditam que uma professora portadora do vírus da Aids não pode lecionar. Outros 22,5% afirmam que não se pode comprar legumes e verduras em um local onde trabalha um portador do HIV. 19% acreditam que, se um membro da família ficasse doente de Aids, essa pessoa não deveria ser cuidada na casa da família.
Com o objetivo de colocar o preconceito em debate, o Programa Nacional de DST e Aids, no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, preparou uma intervenção urbana que está montada na Praça dos Três Podres. Um jovem está dentro de uma bolha transparente, impedido de tocar quem está no ambiente externo. O objetivo é levantar o debate sobre a exclusão vivida por quem tem o HIV ou sofre preconceito por conta da doença.