Dois acusados de participar do seqüestro do empresário espanhol José Miguel Echeberria Goicoechea, de 61 anos, foram presos ontem pela Polícia Civil de São Paulo. Goicoechea havia sido seqüestrado no dia 16 de outubro. Ele ficou cinco dias dentro de um caixote de madeira de pouco mais de 1 metro quadrado numa favela em Mogi das Cruzes, até ser libertado pelos homens da Divisão Anti-Seqüestro (DAS). O resgate não foi pago - os bandidos exigiam R$ 2 milhões da família.
Após 30 dias de investigações, os policiais da DAS conseguiram identificar dois suspeitos de integrar a quadrilha de seqüestradores. O pagodeiro Éverson Josué da Cruz Pereira, de 27 anos, estava em sua casa, em São Caetano do Sul, e o motoboy Agnaldo Chaves Vieira, de 28, no bairro do Lajeado, zona leste de São Paulo, quando foram presos.
O líder da quadrilha, segundo a DAS, no entanto, já estaria preso. Trata-se de um bandido que comandou o seqüestro de dentro de uma cela do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mogi das Cruzes. Ele dava ordens por meio de telefones celulares aos demais integrantes do bando e participava do planejamento do crime e da negociação do resgate - seu nome não foi revelado. Além dele, um quarto acusado identificado está foragido.